sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

vanilla twilight.


Um sonho. Um desejo. Uma utopia. Uma realidade inalcançável. Um sentimento. Tu e eu.
Mais um novo dia. São 7 horas da manhã e seco as lágrimas que percorrem a minha face. Sonhei com ele outra vez, sonho com ele há semanas. Sempre o mesmo sonho que preenche quase todas as minhas noites, desde que o que tínhamos desapareceu.
Quando fecho os olhos para me entregar ao sono, a primeira coisa que vejo é o seu rosto sorridente para mim, bem perto do meu. Ele beija-me alegremente e muito rápido, só com os lábios, como as crianças fazem nos primeiros tempos de escola. E sorri novamente para mim, desta vez mais abertamente. Não consigo evitar sorrir-lhe de volta. Sinto-me feliz, parece tudo tão real... Agarro a sua mão e entrelaçamos os dedos, caminhando em direcção a um baloiço. Eu sento-me e começo a balançar-me lentamente, enquanto ele me observa. Depois vai para trás de mim e empurra-me com delicadeza no fundo das costas. Sinto-me arrepiar a cada toque. Tão real... E estou cada vez mais alto, sinto-me voar... E voo de verdade. Sinto-me tão livre, tão leve. Aterro nos seus braços e ambos caímos sobre a relva, entre gargalhadas. Milhares de multicoloridos de flores salpicam o verde da erva imensa. Ele apanha uma e coloca-a no meu cabelo, e beija-me o nariz. Aproximo-me dele e aconchego-me no seu colo. Agora escurece, as primeiras estrelas tremeluzem timidamente no céu enquanto o Sol desaparece no poente. Crepúsculo de baunilha, o nosso momento. Olho para cima, para os seus olhos, que me fitam. Coloco-lhe a mão no rosto e beijo-o intensamente. E então observo uma lágrima escapar-lhe. Sussurro um "amo-te" ao seu ouvido, e abraço-o com força. Já sei o que acontece a seguir, o mesmo sucede todas as noites. Ele desprende-se de mim e olha-me com amargura. Levanta-se e vai embora, o seu vulto confunde-se com a escuridão da noite que agora domina.
Estou sozinha, e olho para o que está na palma da minha mão: uma pequena metade de coração prateada, a parte do meu coração que lhe pertence.
Ter-te de volta é o meu sonho, o meu desejo. Porém, a minha utopia. Sempre inalcançável...
Amo-te.

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